terça-feira, 29 de novembro de 2011

E agora, José?

E eu que nunca pensei que chegaria até aqui. Que acordaria em plena quarta-feira de ressaca da noite anterior, com uma carteira de cigarro no bidê e um balde ao lado da cama. Aquela sensação de "o que aconteceu comigo?". Descobri um lado diferente em mim mesma, mudei ou foi apenas curiosidade?
E agora me encontro nesse quarto, recém chegada de mais uma noite perdida, sentada na cama pensando se valeu a pena, se foi só uma fase, se foi somente um grito de liberdade ou idiotice mesmo.

Chega um momento da semana, do mês ou do ano em que a gente se depara com as interrogações. Qual o propósito disso tudo? Tentamos nos arrepender, mas na verdade é pura hipocrisia. É bom fazer merda! É bom esquecer o que aconteceu, rir à toa, falar bobagem, experimentar coisas que você nunca imaginou que um dia experimentaria, ligar pro ex namorado do banheiro da festa, roubar cerveja da amiga.. São apenas maneiras de mostrar pro mundo, e pra nós mesmos, que estamos vivos, que continuamos na luta e, temos sim, chance vencer.

Não existe feio ou bonito, legal é saber que a estética da coisa não interfere em nada. Julgamento nenhum vai modificar uma personalidade que já foi traçada. Não é desvio de caráter ou princípios, é apenas o outro lado da moeda, o lado sujo que a gente tem medo de mostrar e, bem, quando mostramos, ah! É aí que o mundo acaba. Eis que a Terceira Guerra Mundial eclode. Você deu sua cara a tapa, não espere que o mundo vá esquecer de te arroxar. Apesar disso, o alívio não pode ser maior ou melhor. Tudo se resume a se sentir bem, fazer o que quiser a hora que quiser sem que isso interfira na vida do próximo. Não importa qual for a cagada, o importante é poder lembrar, contar e rir sem que a culpa bata sua porta. Afinal, somos feitos de memórias, lembranças e histórias. Somos a fusão do passado e do presente que resultará no nosso futuro. Se os erros não fossem inúmeros, os acertos não existiriam e nada disso teria graça.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Bobagens sinceras, besteiras verdadeiras

Hoje à tarde parei pra pensar na polêmica do "eles não prestam". Todo dia a gente abre o facebook e vê alguma publicação falando exatamente sobre esse assunto e a reclamação é sempre a mesma: Homens são todos iguais.
Fotos, textos gigantescos, vídeos...  É tanta bobagem pra falar mais bobagem ainda. As palavras podem ser bonitinhas, sentimentais, as fotos legais e os vídeos interessantes, mas quem disse que aquilo tudo é verdade? Não é assim, não existe essa besteira de que homens são todos iguais e que nenhum presta.
Ninguém gosta de mulheres ciumentas, impulsivas, controladoras, bipolares e confusas até que alguma coisa de diferente nelas faça a paixão surgir. Quando nos apaixonamos, todos esses defeitos passam despercebidos perante as qualidades.  A velha história de que gostamos sempre do cara que não corre atrás, não dá a mínima, o velho adjetivo, aquele que “não presta”, pode até existir, mas as razões não se direcionam a essa última palavra.

Prestar ou não prestar vai do sentimento de cada um, o cara passa a prestar a partir do momento que sentir algo verdadeiro por alguém. É uma coisa confusa pra se entender, mas basicamente é isso: prestamos para alguém quando temos sentimentos verdadeiros por essa pessoa. Gostar significa se importar, querer bem, querer estar perto. Traduzindo: ele vai ligar, vai querer estar com você na maior parte do tempo e vai querer que você sinta ciúmes.
Mais uma vez eu e todo o mundo tentando explicar coisas inexplicáveis. Tentando encontrar as razões para as tantas bobagens, besteiras e loucuras que dizemos e fazemos sempre pelo mesmo motivo, a maior fraqueza do ser humano: o medo de ficar sozinho.  A verdade é que tudo tem seu tempo e, quando chegar o momento certo, a pessoa certa vai aparecer. Para bagunçar e arrumar tudo de novo, quantas vezes for possível e preciso. Afinal, é esse o propósito do amor, se apaixonar pela mesma pessoa todos os dias como se nunca antes o tivesse sentido.