quinta-feira, 23 de junho de 2011

Meninas, a culpa é nossa!

Ontem à noite resolvi assistir a um pouco de televisão. Logo de cara me deparei com aqueles comerciais de cerveja. Aqueles com mulheres semi-nuas e homens "bem machos". Como de costume, fiquei um tanto quanto irritada. Pior do que homem machista, só mulher machista. Como podem essas mulheres se submeterem a todas essas vulgarizações? Me pergunto se elas não se incomodam de serem vistas e, de fato, usadas como objetos.
Mesmo depois de tanta luta para que a mulher pudesse fazer parte do círculo social dignamente, ainda há aquelas que mancham nomes como: Nísia Floresta, Pagu, Simone De Beauvoir, e tantas outras feministas. Essas mulheres foram às ruas em busca de liberdade, reconhecimento e, principalmente, respeito.
Homens como Rafinha Bastos, que utilizam de humor machista e preconceituoso, são sempre vistos como "os caras", "os fodões". O mesmo acontece com aqueles que transam com várias. Esses são os bons, dignos de respeito. Já a mulher, quanto mais sexo fizer, mais vagabunda será. Afinal, essas são as regras.

Falando em regras, o estereótipo de beleza que a sociedade impõe ao sexo feminino é algo realmente revoltante. Me indigna saber que exista quem sustente esse tipo de norma. Não fazer uma plástica é o mesmo que recusar-se a fazer parte desta mesma sociedade. Precisamos estar todas adequadas aos padrões.
Mas sabem o que é mais intrigante nisso tudo? Somos todas culpadas. Todas cultivamos a ideia de cabelo liso e seios fartos. Nada disso é pecado, o inaceitável é deixar que, coisas como essas, se tornem mandamentos a todas as pessoas do sexo feminino. Devemos, em primeiro lugar, nos sentir bem com nós mesmas. A solução para que todo o preconceito em torno da mulher se acabe, é a não submissão. Não deixar que eles nos digam o que devemos fazer, vestir ou como pensar, se isso não for de acordo com o que queremos.
Nos tornemos livres. Livres de nosso preconceito interior. Deixemos de lado o pensamento de inferioridade. Somos todas capazes, somos todas dignas. A culpa precisa, antes de tudo, deixar de ser nossa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário