Seja gremista ou colorado, o importante é ser gaúcho. Quem costuma frequentar jogos da dupla Gre-Nal sabe bem do que eu estou falando. Um dos momentos mais emocionantes de uma partida, aquele que acontece minutos antes da bola rolar, o Hino Rio Grandense. Geralmente tocado após o brasileiro, já que a grande maioria dá mais atenção ao vermelho, verde e amarelo.
Me pergunto se isso acontece em outros lugares, se determinada população conhece o hino do próprio estado, ou mesmo sabe que existe um. Não sou de me emocionar fácil, mas presenciar tantas pessoas abrindo os braços, fechando os olhos e gritando a plenos pulmões essa melodia tão perfeitamente composta, é de arrepiar qualquer um.
Falando em melodia, desconheço hino mais bonito que o nosso. Aliás, desconheço povo, costumes e história mais bela que a gaúcha. Pode ser bairrismo, mas não troco meu Rio Grande por lugar nenhum desse mundo. É indescritível essa sensação, a sensação de fazer parte dessa terra. Ser gaúcho não é apenas minha origem, é minha alma, minha personalidade e, acima de tudo, meu orgulho.
Tenho certeza que não falo só por mim, e sim por todos os conterrâneos desse abençoado lugar. Serrano, da fronteira ou litoral, todo gaúcho tem o mesmo sentimento de amor pelo estado.
Pra ser gaúcho não precisa apenas nascer aqui ou vestir bombacha diariamente, são os velhos hábitos que nos identificam. Dizer "tu" não é desrespeito, pela manhã não se toma café antes do bom e velho mate, os guris, ou piás, comem bergamota e brincam de esconde esconde. Afudê não é palavrão, afudê é o clássico "tri legal" modernizado, o famoso "bá" faz parte de 9 de nossas 10 frases. Ah! É tanta coisa pra contar, só sendo gaúcho mesmo, pra saber, como é bom viver nessa terra!
E por essas e outra que digo:
ResponderExcluir"E se não acharem muito
Tanta coisa que eu pedi
Não deixe que eu me separe
Deste rancho onde eu nasci
Nem me desperte tão cedo do meu sonho de guri
E de lambuja permita que eu nunca saia daqui!"