Eles, ou elas, nem sempre aparecem na mesma ordem. Nem sempre aparecem quando esperamos ou gostaríamos mas, sempre, sempre mesmo, deixam suas marcas.
Sabe aquela clássica infinita procura pela reciprocidade? Bem, pare por aí. Não continue! Não procure por ela, não a deseje, fuja dela.
Antes de qualquer "eu te amo, você me ama", a gente tem que sofrer, a gente deve sofrer!
A gente precisa esperar uma ligação e não recebê-la. A gente precisa ser ignorado no whatsapp, mal respondido no facebook... E ta aí o nosso primeiro alguém. O alguém que nos fará aprender.
Esse alguém pode ser um idiota. Um completo e imenso idiota, mas ele não tem culpa de ser assim.
Ele não vai te convidar pra ir ao cinema, mas vai curtir tuas fotos no instagram. Ela não vai atender quando você ligar, mas vai mandar mensagem dizendo que estava ocupada.
Ele não vai te ligar no dia seguinte, mas vai dizer que você é linda na festa de sexta. Ela não vai aceitar o convite pra tomar uma cerveja após a aula, mas vai querer te dar uns beijos na noite de sábado.
Esse alguém, esse cafajeste e canalha; essa cachorra e sem noção, que te farão entender: Você é tão mais importante que tudo isso.
Esses alguéns tem um único e exclusivo objetivo de ensinar a você que, antes de amar alguém, é preciso amar a si mesmo. É preciso querer ir ao cinema com o reflexo no espelho do seu banheiro nas manhãs de segunda-feira. É preciso querer abraçar o seu próprio sorriso, beijar seus próprios olhos e ouvir suas próprias risadas. E, assim, finalmente, perceber que o segredo é querer estar com quem quer estar com você. Com quem quer aguentar seu mau-humor, suas loucuras, seus erros, acertos. Com quem acorde ao seu lado, olhe para você, e tenha certeza de que não gostaria de estar em lugar nenhum mais.
E agora você deve estar se perguntando quem é o segundo alguém. Bem, o segundo é a vítima do primeiro e vice versa. Todo alguém que alguma vez interpretar o idiota, lá na frente, encontrará o seu alguém também idiota. A gente sofre, porém, também faz sofrer. É involuntário, ninguém é simplesmente um malvado destruidor de corações. Já é fato consumado, o maior clichê de todos e a verdade mais absoluta: a gente não escolhe por quem se apaixona. E, querem saber, ta aí a graça toda do negócio.
Ta aí a graça e a desgraça também, mas o que você precisa aprender com estes tantos idiotas que entraram e ainda entrarão na sua vida é que, apesar de você não escolher por quem se apaixona, você pode, e deve, antes de tudo, ser apaixonado por si mesmo.
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